Boletim BIREME n° 32

Capacidades locais de 18 países aumentam para dar visibilidade para a produção científica em saúde

Um dos pilares de trabalho em rede realizado pela BIREME é o desenvolvimento de capacidades locais, de modo que cada uma das instituições cooperantes tenha autonomia para a adequação e aplicação em seus países e áreas das metodologias oferecidas pela BIREME. Nos 33 anos de LILACS, sua metodologia é adotada por instituições que implantam dezenas de bibliotecas virtuais e bases de dados nacionais e/ou temáticas nos países da América Latina e do Caribe, na Espanha e em alguns países lusófonos da África.

A metodologia LILACS se aplica à gestão da informação e do conhecimento nas instituições da Rede e compreende informação e tecnologia para o desenvolvimento e gerenciamento de bases de dados, da rede de cooperação e do fluxo da contribuição às bases de dados, além do tratamento da informação e da avaliação da qualidade da informação científica e técnica em saúde. Nestes últimos dois aspectos – tratamento e avaliação da qualidade, duas capacitações foram idealizadas e os resultados alcançados são bastante expressivos.

1. Sessões virtuais sobre indexação de documentos de acordo à Metodologia LILACS

A indexação de documentos é a etapa do tratamento da informação onde se aplicam descritores de assunto de DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), com fins de representação do conteúdo do documento, e melhorar a recuperação dos documentos através dos recursos de busca, bem como gerar análises infométricas.

A metodologia LILACS é baseada nas regras de indexação preconizadas pela National Library of Medicine, que anualmente realiza atualizações no MeSH (Medical Subject Headings) e em suas próprias regras de indexação.

Nos últimos três anos, se destacam as principais atividades de capacitação em indexação de documentos:

2017-19A metodologia criada para estas sessões virtuais de capacitação inclui uma ampla divulgação dentro da Rede BVS, atividades práticas realizadas pelos alunos com feedback das facilitadoras e publicação das apresentações e gravação da sessão no canal de YouTube da Rede BVS.

pessoas_lilacsOs principais dados relacionados com a participação nas sessões virtuais, de 2017 até maio de 2019, são:

  • 18 países da América Latina e do Caribe
  • 1 país fora da Região: Espanha
  • 178 centros cooperantes
  • 374 participantes (únicos)
  • 1411 participantes (total)

grafico1_ptNo total foram 1411 participantes em 20 sessões virtuais, com média de 71 participantes por sessão.

2. Sessão virtual sobre boas práticas no processo editorial de revistas científicas LILACS

boas-practicas-2019Capacitação que tem a equipe editorial dos periódicos científicos indexados ou no processo de adequação aos critérios de seleção para indexação na LILACS.

Nove sessões virtuais foram planejadas, tendo como temas: introdução a LILACS, qualidade dos periódicos científicos, política editorial, conformação da equipe editorial, ética em publicação científica, revisão por pares, guias de publicação de resultados de pesquisas científicas, normalização para a publicação de artigos e divulgação científica.

Para cada um dos temas foram convidados especialistas para fazer apresentações e responder às perguntas dos participantes.

Estas sessões contaram com 264 participantes de 149 periódicos científicos de 18 países:

 

grafico2_ptNas três primeiras sessões contamos com 482 participantes de 18 países, com média de 160 participantes por sessão.

Avanços rumo às redes de indexadores de documentos e avaliadores de periódicos científicos

Os profissionais que formam parte da Rede somam quase 1900 participantes em 23 sessões virtuais realizadas. A médio e longo prazo se espera que, além de uma ampliação na contribuição à base de dados LILACS, se facilite a identificação de especialistas em temáticas e áreas específicas e que possam, além disso, integrar a Rede de Indexadores de Documentos segundo a Metodologia LILACS e a Rede de Avaliação de Periódicos Científicos LILACS.

O objetivo destas Redes é garantir uma ampla discussão para a atualização e adequação da Metodologia LILACS ao contexto local das instituições, sem esquecer os avanços metodológicos e tecnológicos da área de informação em saúde, e realizar ações de capacitação e monitoramento de qualidade dos periódicos científicos e da informação nas bases de dados.

Segundo Sueli Suga, Supervisora de Fontes de Informação Referenciais da BIREME, “ainda temos um longo caminho para percorrer, mas o resultado imediato definitivamente é a ampliação e o aprofundamento do conhecimento sobre estes temas e a aplicação imediata deste aprendizado na melhoria geral da qualidade de periódicos científicos em saúde e sua incorporação à base de dados LILACS”.

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