O Global Index Medicus (GIM), plataforma da Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolvida com suporte técnico da BIREME/OPAS desde 2016, está consolidada como fonte de informação relevante de acesso às evidências científicas em saúde produzidas em países de baixa e média renda. A iniciativa, que reúne os Índices Regionais da OMS, tem como objetivo ampliar a acessibilidade, visibilidade e uso do conhecimento científico de cinco Regiões: África, Américas, Mediterrâneo Oriental, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático.
No primeiro semestre de 2025 a plataforma GIM registra cerca de 17mil de usuários ativos, e segue sendo disponibilizada na infraestrutura de TI da BIREME com alta disponibilidade e padrões internacionais de segurança da informação.
De acordo com o relatório consolidado do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024 pelo GA4 o GIM registrou:
- 257 usuários ativos, um crescimento de 89,7% em relação a 2023 (17.000 usuários).
- 2,6 milhões de registros bibliográficos, representando um aumento de 6,17% em relação ao ano anterior.
- 74,6% do acervo em texto completo, com quase 1,95 milhão de documentos disponíveis integralmente, crescimento de 8,1% em comparação a 2023.
- 704 periódicos científicos indexados, com predominância de artigos (86,7%).
- Distribuição de registros por região: Américas (42,4%), Pacífico Ocidental (40%), Sudeste Asiático (8,9%), Mediterrâneo Oriental (8%), África (0,7%).
- Idiomas mais frequentes: inglês (31,6%), chinês (23,1%), espanhol (17,8%), português (17,5%), coreano (7,5%).
De acordo com indicação mais recente dos pontos focais das regiões da OMS, um plano de fortalecimento do GIM deverá ser elaborado incluindo mobilização de recursos, e o estabelecimento de relações institucionais estratégicas entre a BIREME/OPAS/OMS e Escritórios Regionais da OMS, para sustentar e expandir o sistema aprimorando o harvesting junto às regiões; avançar na descentralização da contribuição de conteúdos ao nível nacional; adotar o GIM como solução única de entrada de dados para todas as regiões da OMS; explorar a possibilidade de replicar o modelo de resposta rápida desenvolvido com o banco de dados de pesquisas sobre COVID-19 para outras emergências em saúde.
O desempenho no último ano confirma a relevância do Global Index Medicus como produto para visibilidade internacional da pesquisa em saúde de países de baixa e média renda. Ao mesmo tempo, o debate sobre sustentabilidade e expansão aponta para a necessidade de investimentos e parcerias estratégicas, assegurando que o GIM siga sendo um ponto de acesso global e equitativo à informação científica em saúde.