Terminar com o estigma, a discriminação e o preconceito contra as pessoas afetadas por hanseníase é o tema central do Dia Mundial contra esta doença, 28 de janeiro. A campanha pretende criar consciência sobre o impacto que discriminação e o estigma social têm nas pessoas afetadas por hanseníase, e sobre como estas atitudes criam obstáculos para os esforços de parar a propagação da doença. Atualmente, a hanseníase é uma doença facilmente curável[1].
A BIREME, em seu papel de democratizar informação, conhecimento e evidência científica, se une a este movimento a través de várias ações, entre elas a criação de uma vitrine do conhecimento na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com literatura científica e técnica de relevância para o tema.
Acesse a vitrine do Dia Mundial da Hanseníase 2019 na BVS e tenha em suas mãos evidência e informação selecionada sobre a doença, bem como links para outros recursos de informação e fontes de referência.
Por outro lado, a em aliança com o Programa Regional de Hanseníase da OPAS/OMS, a BIREME está desenvolvendo um projeto de cooperação técnica pra a gestão da informação e do conhecimento na área.
O projeto considera as atuais necessidades do Programa de: oferecer e facilitar o acesso às evidências e informações científicas e técnicas para além das guias e protocolos tradicionais que já são produzidos e disseminados; trabalhar com os 4 idiomas oficiais (português, inglês, espanhol e francês) e com os diretores de programas e clínicos que atuam na atenção primária nos países; gerar espaços de interação, debate e intercambio de conhecimento; integrar espaços/plataformas que já existem, como por exemplo a página do Programa Regional de Hanseníase, a Biblioteca Virtual em Saúde Hanseníase e a Plataforma de Telemedicina para hanseníase; envolver os Centros Colaboradores da OPAS/OMS relacionados com o tema como atores importantes nesta iniciativa; e fazer uma melhor gestão e atualização dos Recursos Educativos Abertos (REA) que abordam a doença.
Segundo Isabelle Roger, Assessora Regional da OPAS/OMS, “com a exceção do Brasil, todos os países da Região das Américas eliminaram a hanseníase como um problema de saúde pública em nível nacional. Um dos desafios para o programa nacional de países de baixa carga e também de alta carga é garantir cuidados de qualidade aos pacientes. O Programa Regional de Hanseníase da OPAS está trabalhando em coordenação com a BIREME para promover e preservar conhecimentos e experiências em hanseníase (lepra, leprosy, Hansen´s disease, doença de Hansen). Com a experiência da BIREME e avanço tecnológico esperamos, para ajudar os países a identificar suas necessidades de treinamento, elaborar e disseminar material didático e criar um espaço de dialogo técnico e intercâmbio de experiências”.
Com a implementação deste plano de trabalho, são esperados os seguintes resultados:
- Integração das iniciativas e ações de gestão da informação e do conhecimento para a área da hanseníase na Região de AL&C;
- Criação da BVS Hanseníase da AL&C;
- Coleção de REA sobre Hanseníase desenvolvida;
- A base de dados temática da área de hanseníase, do Brasil, ampliada e com alcance regional do conteúdo; e
- Curso online para a atenção básica em hanseníase disponível para os países onde a doença ainda é uma prioridade sanitária.
[1] OPAS – Lepra (em espanhol). Disponível em: https://www.paho.org/lepra