Boletim BIREME n° 10

O trabalho com Países-Chave: uma prioridade para a BIREME

Uma das estratégias da OPAS/OMS na qual aplica os princípios de equidade e solidariedade pan-americana, reconhecendo que os países da Região têm diferentes situações e necessidades de saúde, é precisamente a dos Países-Chave, através da qual promove uma cooperação técnica efetiva em um grupo de países que foram identificados pelos Estados Membros da OPAS como merecedores de atenção especial para alcançar seus objetivos individuais e coletivos de desenvolvimento sanitário, como Bolívia, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Suriname.

O Escritório de Coordenação Nacional e Sub-regional (CSC), responsável pelo acompanhamento da Estratégia de Países-Chave, organizou uma reunião em Washington D.C.  em 17 e 18 de julho de 2017, da qual participaram os Representantes da OPAS/OMS dos  oito países mencionados, altos dirigentes da OPAS/OMS, bem como Diretores e consultores das áreas técnicas regionais e sub-regionais e Diretores de Centros.  O objetivo da reunião, apresentado pela Diretora da CSC, Dra. Ana Treasure, consistiu em revisar e definir ainda mais as ações, intervenções, critérios e indicadores para a implementação do plano operacional da Estratégia de Países-Chave.

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Na sua inauguração, o evento contou com a transmissão de um vídeo da Diretora da OPAS/OMS, Dra. Carissa F. Etienne, que também participou presencialmente do encerramento, manifestando que “os países-chave são um desafio para todos nós como Organização e requerem ideias coletivas para lhes dar atenção. Temos de pensar como vamos oferecer a cooperação técnica, pois ela deve ser diferenciada e levar em consideração os avanços desses países”.

Na reunião, cada um dos Representantes da OPAS/OMS dos países-chave teve a oportunidade de apresentar os desafios e oportunidades para a cooperação técnica, tanto do ponto de vista político e técnico quanto administrativo. Isto serviu de base para que nos grupos de trabalho fosse discutido detalhadamente o plano operacional com seus temas e atividades concretas a serem desenvolvidas nos próximos biênios.

A BIREME, em seu papel de democratizar informação, conhecimento e evidência científica para contribuir com o desenvolvimento da saúde nos países da América Latina e Caribe, tem estado historicamente presente nos países-chave, através de diferentes ações, como: (1) a criação de Bibliotecas Virtuais Nacionais, Bibliotecas Virtuais Temáticas ou portais específicos, como, por exemplo, a BVS Povos Indígenas da Bolívia, a de Medicina Tradicional e Complementar da Nicarágua e o portal Evidence de CARPHA, que agrupa países como Guiana, Suriname e Haiti; (2) cursos de treinamento para bibliotecários e usuários finais da informação nas metodologias da BVS, na busca de literatura especializada, na indexação em LILACS, no acesso, uso e visibilidade do conhecimento em saúde, entre outros; (3) indexação de revistas de saúde na base de dados LILACS, o maior índice da Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde.

Além dessas ações é importante mencionar que vários dos Países-Chave participaram dos  comitês de governança da BIREME, como Bolívia e Suriname, que  foram membros do Comitê Assessor no período 2012-2014 (CD51.R2) e Honduras, membro do Comitê Científico (CC)  partir da sua instalação até 2017.

 

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Segundo o Dr. Diego González, Diretor da BIREME, “o trabalho com os Países-Chave constitui uma prioridade para o Centro, que se une à resposta institucional de prestar atenção especial a esse grupo de oito países,  selecionados pelos Corpos Diretivos da Organização”; também manifestou que a participação nessa reunião facilitará a identificação de ações concretas da BIREME no âmbito do plano operacional da OPAS/OMS para implementar a Estratégia de Países-Chave”.

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