Globalmente, o afogamento é uma das principais causas de morte para crianças e jovens com idade entre 1 e 24 anos; são estimados cerca de 200 mil óbitos por afogamento a cada ano. Mais de 90% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda, e as crianças menores de cinco anos são as mais vulneráveis ao risco. Considerando o alto custo humano, social e econômico dessas perdas, as quais podem ser totalmente evitáveis, a campanha da Organização Pan-Americana de Saúde mantém, em 2023, os esforços para abordar o afogamento desde uma perspectiva de saúde pública.
Em evento realizado online para o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, 25 de julho, governos, agências da ONU, organizações da sociedade civil e outros parceiros globais de prevenção de afogamentos, estiveram reunidos para compartilhar atualizações dos parceiros globais sobre abordagens inovadoras e transversais para redução do afogamento nos países.
Esta foi a primeira celebração após a 76ª Assembleia Mundial da Saúde ter adotado resolução para enfrentamento do problema de forma coordenada entre os países membros. Na ocasião, a OMS divulgou estudo de viabilidade indicando que, um maior investimento global em prevenção de afogamentos poderia evitar a morte de até 774 mil crianças por essa causa, até o ano de 2050.
Duas iniciativas também foram anunciadas na ocasião: o estabelecimento da Aliança Global da OMS para Prevenção de Afogamento e o lançamento do relatório Hidden depths: the global investment case for drowning prevention. Em conjunto, é esperado que as ações acelerem a implementação de medidas preventivas, especialmente nos países que enfrentam altas taxas de afogamento. Nas Américas, são foco de atenção os países da região do Caribe, especialmente o Haiti e a Guiana.
O esforço das agências de saúde, incluindo a campanha de conscientização da OPAS, é para aumentar o conhecimento e conscientização das comunidades acerca dos benefícios de saúde e econômicos que podem resultar da implementação de intervenções custo-efetivas, baseadas em evidências científicas para a prevenção de mortes por afogamentos. A campanha enfatiza seis intervenções de baixo custo para a prevenção de afogamentos nas Américas. Dentre elas estão: a instalação de barreiras físicas para controlar o acesso às águas, a observação infantil direta com cuidadores treinados, e o ensino para crianças em idade escolar das habilidades básicas de natação.
Com o apoio da OPAS/OMS, a BIREME desenvolve fontes de informação em diversas áreas que têm relação com a Agenda 2030 para o desenvolvimento humano e a saúde sustentáveis. Em nossa coleção de Vitrines do Conhecimento, você acessa informação relevante para a erradicação da mortalidade infantil evitável (ODS 3 Meta 3.2 – Reduzir a morte evitável em recém-nascidos e crianças menores de 5 anos), em abordagem abrangente para a promoção da saúde e bem-estar na faixa etária da primeira infância.
Em especial, a vitrine dedicada à redução da mortalidade evitável em crianças com até cinco anos disponibiliza uma série de produtos de informação para prevenção dos afogamentos e outros fatores de risco. São documentos técnicos da OMS, Unicef e Portal Regional da BVS, reunidos pela BIREME para facilitar as pesquisas e a tomada de decisão em saúde. Estratégias de busca também estão disponíveis para apoiar o atendimento, por exemplo, das metas específicas para a saúde das crianças, nos seguintes temas: Doenças Não Transmissíveis, Ambiente Saudável, Nutrição, Cuidados de Saúde Neonatal e Infecções.
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