O primeiro semestre de 2025 foi marcado por uma atuação estratégica da BIREME junto aos países da região da América Latina e Caribe, com ações voltadas ao fortalecimento das instâncias nacionais da rede de Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Por meio de iniciativas de cooperação técnica, as ações envolveram desde a atualização de conteúdos e plataformas tecnológicas até a reativação de comitês, e incluindo a retomada de projetos estratégicos e de capacitação, sempre com o objetivo de promover o acesso equitativo à informação científica e técnica em saúde na região.
Avanços concretos ocorreram em diferentes países:
- As BVS nacionais do Brasil, El Salvador e Equador receberam apoio para a revisão de conteúdos de seus portais e passaram por atualização das versões de suas plataformas tecnológicas;
- A República Dominicana retomou as ações e realizou a primeira reunião do seu Comitê Consultivo e foi criada a LIDOCS – Literatura Dominicana em Ciências da Saúde a base de dados nacional;
- Venezuela e Guatemala estão em fase de reativação de suas instâncias nacionais, com atividades de retomada do projeto e reuniões com os pontos focais nacionais e com as representações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no país;
- A Costa Rica retomou processo de revisão do portal e planejamento do seu lançamento; e
- A Argentina coordenou uma série de ações voltadas ao suporte da BVS BiViPsi, na área de psicanálise e psicologia.
Também se destaca o apoio da BIREME aos países da região do Caribe, com a participação institucional no evento ACURIL 2025 e capacitação sobre o sistema Fi-Admin, que contou com a participação de oito países membros da CARPHA – The Caribbean Public Health Agency, reforçando o compromisso dos países com a visibilidade da produção científica e técnica em toda a região.
Para além da região da América Latina e do Caribe, Moçambique também retomou as atividades para promover a visibilidade da produção científica de seu país, com uma série de ações orientadas à finalização do seu portal e futuro lançamento, além da criação da área temática para contribuição com as fontes Multimídia e LIS (Recursos de Internet) e a criação da base de dados sobre legislação, RSDM.
Entre outras ações relevantes, destacam-se também, 82 atualizações cadastrais de bibliotecas centros cooperantes (CC/ALC), criação de bases de dados no FI-Admin (LIDOCS da República Dominicana e IPA do Reino Unido), e o suporte para atualização das fontes de informação, entre outras.
Contribuição para as fontes de informação
No primeiro semestre de 2025, a contribuição para as bases de dados somou mais de 20 mil novos registros em 60 bases de dados bibliográficas por 218 centros cooperantes de 23 países e mais de 60 mil registros atualizadas por 324 centros cooperantes de 23 países.
As dez bases de dados com maior contribuição podem ser vistas no Quadro 1, abaixo:
Criação de novos registros | Curadoria e controle de qualidade | ||
LILACS (AL&C) | 14.878 | LILACS (AL&C) | 50.489 |
BDENF (Iberoamérica) | 1.509 | BDENF (Iberoamérica) | 7.838 |
VetIndex (Brasil) | 1.472 | VetIndex (Brasil) | 2.485 |
BBO (Brasil) | 1.084 | IndexPsi (AL&C) | 2.038 |
Coleciona-SUS (Brasil) | 758 | BBO (Brasil) | 1.750 |
RSDM (Moçambique) | 663 | CUMED (Cuba) | 1.470 |
BiViPsi (Argentina) | 657 | Coleciona-SUS (Brasil) | 1.441 |
IndexPsi (AL&C) | 654 | BINACIS (Argentina) | 1.293 |
SES-SP (Brasil) | 524 | RSDM (Moçambique) | 1.001 |
SMS-SP (Brasil) | 422 | SES-SP (Brasil) | 886 |
O Quadro 2 (abaixo) representa a contribuição por país, considerando a criação de novos registros e a indexação e revisão de registros coletados ou criados via iniciativa LILACS Express.
Criação de novos registros | Curadoria e controle de qualidade | ||
Brasil (inclui BIREME) | 12.806 (61,2%) | Brasil (inclui BIREME) | 36.153 (59,68%) |
Cuba | 1.215 | Chile | 12.639 |
Uruguai | 1.182 | Cuba | 2.583 |
Colômbia | 1.179 | Argentina | 2.305 |
México | 993 | Colômbia | 1.490 |
Argentina | 850 | Uruguai | 1.241 |
Peru | 715 | Moçambique | 1.008 |
Moçambique | 673 | México | 986 |
Chile | 310 | Peru | 821 |
Bolívia | 212 | Bolívia | 280 |
Venezuela | 115 | Costa Rica | 143 |
El Salvador | 106 | El Salvador | 132 |
Costa Rica | 105 | República Dominicana | 120 |
Congo | 103 | Venezuela | 118 |
Guatemala | 77 | Congo | 107 |
Paraguai | 64 | Equador | 97 |
Portugal | 51 | Guatemala | 84 |
Honduras | 51 | Honduras | 75 |
Panamá | 47 | Portugal | 73 |
Equador | 47 | Paraguai | 71 |
República Dominicana | 23 | Panamá | 49 |
Estados Unidos | 5 | ||
Trinidad e Tobago | 1 |
O resultado de todas essas iniciativas converge para o objetivo estratégico da BIREME, ou seja, integrar as instâncias de BVS nacionais ao Portal Regional da BVS, que contará com uma arquitetura de informação mais inclusiva e moderna. Em desenvolvimento, a nova estrutura permitirá que todos os países da Rede BVS, mesmo sem portal nacional ativo, tenham seu espaço assegurado do Portal Regional, ampliando a visibilidade de sua produção científica e técnica em saúde.
Encontros com a Rede
Além das ações pontuais com os países, a BIREME coordena durante todo o ano, o programa de Fortalecimento das Redes de Informação em Saúde na América Latina e Caribe, promovendo uma série de webinários orientados para o desenvolvimento de capacidades com as redes BVS, LILACS, e DeCS, contribuindo para a democratização do acesso e visibilidade do conhecimento científico em saúde nos países da região.
No primeiro semestre de 2025, foram realizados 10 encontros, reunindo 1.290 conexões de participantes de 28 países, que abordaram temas como uso de inteligência artificial, boas práticas nos processos editoriais, indexação, entre outros. As apresentações foram conduzidas por especialistas especialmente convidados para a participação e intercâmbio de conhecimento com os integrantes das redes de informação em saúde.
Ao investir no fortalecimento da Rede BVS, a BIREME reafirma seu papel como centro especializado da OPAS/OMS na promoção do acesso equitativo à informação em saúde, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades locais e para a consolidação da BVS como instrumento colaborativo, sustentável e acessível, que reflete a diversidade e as necessidades dos sistemas de saúde da América Latina e Caribe.