Boletim BIREME n° 14

BIREME é parte da história de 10 Anos do Programa Telessaúde Brasil

Em comemoração aos 10 Anos do Programa Telessaúde Brasil, a Rede Nacional de Pesquisas (RNP) do Brasil organizou uma publicação com relatos de experiências de várias pessoas e instituições que participaram da história de criação e implementação do Programa com foco na Atenção Primária à Saúde (APS). BIREME foi uma das instituições convidadas a relatar a experiência intitulada “a evidência científica integrada às ações de telessaúde”, escrita por Verônica Abdala.

De fato, desde o início das discussões sobre a criação do então “Projeto de Telemática e Telemedicina em Apoio à Atenção Primária à Saúde no Brasil”, no ano de 2005, que deu lugar ao atual Programa Telessaúde Brasil Redes, a questão da evidência científica esteve presente, orientando para que, tanto as escolhas de educação a distância como as decisões em diagnósticos e terapêuticas fossem baseadas por conclusões de estudos de boa evidência científica e adequadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Todas as ações e serviços desenvolvidos no âmbito do Programa deveriam observar e respeitar as políticas, protocolos, diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde para a atenção à saúde da população brasileira, para a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e para SUS. Por outro lado, o Programa definiu como estratégico a qualificação das Equipes de Saúde da Família (eSF) por meio da capacitação permanente e, portanto, assumiu que era fundamental facilitar o acesso à informação e à melhor evidência científica às eSF e aos colaboradores da Rede, em especial para as equipes dos Núcleos de Telessaúde responsáveis pelo desenvolvimento de conteúdos e das teleconsultorias, incluindo as segundas opiniões formativas. O acesso ao conhecimento científico e técnico deveria ser amplamente promovido e estar disponível, tanto para o desenvolvimento de conteúdos educacionais como para os serviços de telessaúde oferecidos no contexto da APS.

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Esta orientação ficou registrada no objetivo específico número 9 do Projeto inicial:

Prover acesso amplo a uma rede de fontes de informação de boa evidência em cuidados primários à saúde para subsidiar os processos de decisão clínica, formação e gestão na área.

Para atender a este objetivo, houve a necessidade de construir uma coleção de fontes de informação para apoiar os processos de tomada de decisão e de desenvolvimento de recursos de capacitação das eSF, assim como estabelecer processos de registro e acesso aos conteúdos desenvolvidos pelos Núcleos de Telessaúde e outros parceiros do Programa. Foi esta necessidade que justificou a inclusão de um módulo de gestão de informação e conhecimento no primeiro projeto piloto do Programa Telessaúde, em cooperação com a BIREME e a OPAS/OMS.

Foi então que, no ano de 2007, BIREME apresentou a proposta de construção da Biblioteca Virtual em Saúde na área de Atenção Primária à Saúde (BVS-APS), como parte integrante do Programa Telessaúde. A primeira versão da BVS APS foi lançada em outubro do mesmo ano e, com quase 10 anos de operação, segue disponível no endereço http://aps.bvs.br.

Homenagem aos primeiros parceiros do Programa Telessaúde Brasil

Como reconhecimento às primeiras instituições parceiras do Programa Telessaúde Brasil Redes, o Ministério da Saúde, em nome da Secretaria de Gestão do Trabalho em Saúde, entregou um certificado aos representantes destas instituições por ocasião do Seminário de Telessaúde que aconteceu no âmbito do X Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde em Gramado, RS, Brasil, de 14 a 17 de novembro de 2018.

telessaude_gramado3BIREME foi uma das instituições que recebeu este reconhecimento, junto com a Rede Nacional de Pesquisas (RNP) e os primeiros Núcleos de Telessaúde de Universidades: Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A programação do Seminário também destacou os 10 anos de história do Programa Telessaúde Brasil e, Verônica Abdala, como representante da BIREME, fez uma apresentação retratando os principais marcos da cooperação do Centro para o Programa, destacando a criação da base de dados “Segunda Opinião Formativa” que se transformou em importante fonte de informação de tradução do conhecimento para as equipes de atenção à saúde.

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